quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Bolinhas

Em viagem do Rio para São Paulo, em frente à porta do estabelecimento onde paramos para um lanche, esperava que meu marido pagasse no caixa alguns alimentos que consumimos no lanche. Meus dois filhos, um de 17 e outro de 20, já nos esperavam dentro de carro. Neste momento, percebo ao meu lado, uma daquelas antigas máquinas onde, ao inserir uma moeda, sai uma bolinha. Naquele instante me dei conta de como os meus filhos cresceram. Passaram pela máquina e nem a notaram, ou nem se importaram com ela. Senti saudades do tempo em que vinham correndo pedindo moedas para ganharem aquelas coloridas bolinhas de borracha que quicam quando jogadas ao chão.

As máquinas estão, estrategicamente, colocadas na altura do olhar infantil e eles já passaram deste olhar. Procurei dentro de minha bolsa uma moeda, levaria a bolinha para resgatar e lembrar o espírito infantil. Ao dar a  bolinha para meu filho mais novo, ele saiu do carro e foi brincar com ela na parede. Lá estava seu lado criança, tão alegre e tão presente, precisando apenas ser presenteado para aparecer!