quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um avião amigo

Talvez tenha sido apenas uma visão, mas de certo uma visão futurista. Sim, deitada em minha cama, ainda acordada, 'vi' nitidamente um avião que pousava em terra deixando algumas pessoas feridas. Assim que elas deixaram a aeronave e estavam seguras em terras onde outras pessoas viam a seu encontro,  ele levantou vôo e foi até onde mais pessoas estavam feridas e não eram encontradas por ninguém. Este avião tinha um censor que captava gritos de socorro e imagens de pessoas feridas e ou doentes e não era pilotado por ninguém.

Que evolução humana! Capaz de fazer uma máquina ter pensamentos e sentimentos nobres de ajuda humanitária. Em minha visão quase podia sentir os bons sentimentos da máquina que se preocupava em salvar vidas o mais rápido possível.

Quem sabe eu previ algo do futuro, ou apenas 'captei no ar' algo que já está sendo construído em segredo?

Esperemos o futuro nos responder!

Os sinos dobram, e o que você fez?


Um amigo em viagem a Nova York pediu meu endereço dizendo que enviaria um postal e traria uma lembrança da Big Apple. Lembrei-me então de minha recem iniciada coleção de sinos.  O fascínio por eles provavelmente nasceu dos filmes assistidos na infância, onde o badalar dos sinos sempre indicavam um momento de grande acontecimento na trama.Respondi-lhe então: "traga-me um sino, pode ser pequenininho, pois sou encantada por eles!"

E como disse Jonh Donne "No man is an islandentire of itselfevery man is a piece of the continent, a part of the mainif a clod be washedaway by the seaEurope is the less...any man's death diminishes me, because I am involved in mankind...Perchance he for whom this bell tollsmay be so ill, as that he knows not it tolls for himand perchance I maythink myself so much better than I am, as that they who are about me...may have caused it to toll for me...andtherefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee.

“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”.

Referindo-se ao hábito antigo de tocar os sinos anunciando o falecimento de alguém, ou seja, a cada ser humano que parte, um pouco de cada um se perde também porque estamos todos interligados, é a tristeza de quem fica.




Podemos dizer também que quanto mais meu semelhante evolui, eu também cresço e desenvolvo. Daí a necessidade de todos se ajudarem, favorecendo a melhora do outro. 

Certamente o tocar dos sinos que indicam as horas do dia, leva várias pessoas a consultarem o relógio, lembrando-as que o tempo está passando e sempre algo precisa ser feito. E o que você fez antes que a sua hora chegue?




Por Quem Os Sinos Dobram


Raul Seixas


Composição: Raul Seixas


Nunca se vence uma guerra lutando sozinho

Cê sabe que a gente precisa entrar em contato

Com toda essa força contida e que vive guardada

O eco de suas palavras não repercutem em nada


É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro

Evita o aperto de mão de um possível aliado, é...

Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo

Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo


Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz

Coragem, coragem, eu sei que você pode mais


É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro

Evita o aperto de mão de um possível aliado

Convence as paredes do quarto, e dorme tranqüilo

Sabendo no fundo do peito que não era nada daquilo


Coragem, coragem, se o que você quer é aquilo que pensa e faz

Coragem, coragem, eu sei que você pode mais.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Bolinhas

Em viagem do Rio para São Paulo, em frente à porta do estabelecimento onde paramos para um lanche, esperava que meu marido pagasse no caixa alguns alimentos que consumimos no lanche. Meus dois filhos, um de 17 e outro de 20, já nos esperavam dentro de carro. Neste momento, percebo ao meu lado, uma daquelas antigas máquinas onde, ao inserir uma moeda, sai uma bolinha. Naquele instante me dei conta de como os meus filhos cresceram. Passaram pela máquina e nem a notaram, ou nem se importaram com ela. Senti saudades do tempo em que vinham correndo pedindo moedas para ganharem aquelas coloridas bolinhas de borracha que quicam quando jogadas ao chão.

As máquinas estão, estrategicamente, colocadas na altura do olhar infantil e eles já passaram deste olhar. Procurei dentro de minha bolsa uma moeda, levaria a bolinha para resgatar e lembrar o espírito infantil. Ao dar a  bolinha para meu filho mais novo, ele saiu do carro e foi brincar com ela na parede. Lá estava seu lado criança, tão alegre e tão presente, precisando apenas ser presenteado para aparecer!