segunda-feira, 30 de novembro de 2009

RAÇÃO PARA HUMANOS


Coloquei a comida para minha cadelinha Sarah, uma mistura de cocker spaniel com poodle. O resultado desta junção foi uma cachorrinha com característica de caçadora como os cocker, de compridas orelhas e estressada como os inquietos poodle. Um pelo que não é nem liso, nem enrolado, uma cor maravilhosa de campanha. Sarah tem ainda um apetite voraz, creio que maior que um pastor alemão adulto, mesmo com peso de somente 13 quilos. Talvez seja devido ao gasto de  extremo energia Está sempre atenta ao menor mosquito que passa diante dela e ataca. Insetos ou qualquer roedor em minha casa não têm vez. Seu espírito de caçadora está sempre em alerta.

Voltando então à hora da refeição, deixei-a deliciando-se com sua ração e fui tomar meu café preto com pão ligth integral. Naquele instante achei a cor de meu alimento muito parecida com a ração da cachorrinha. E foi então que pensei: "Será que chegaremos a isto? Todos os humanos comendo rações? Um produto que quase não sabemos direito o que tem devido à sua cor digamos assim...um pouco estranha?"

 Tá certo, o rótulo vem discriminando os ingredientes, afinal é lei, não é? Mas você já viu alguma embalagem dizendo que aquele trigo, quando plantado foi utilizado o inseticida tal? e se os governos quiserem deixar a população um pouco mais calma e sugerir que fosse acrescentado à ração um tranquilizante? Pessoas dóceis, tão fáceis de manipular. Ou quando os governos estivessem em luta, algum estimulante para levá-los à competir?

Bom, melhor é tomar meu café e comer um mamão para amenizar possíveis ingestões indesejáveis...

Flexibilidade para chegar ao tesouro


Era uma vez...há muitos anos... quando ainda era criança... assisti a um filme da época de Ali Babá. Sinceramente não me lembro se o filme era esse clássico de Ali Babá e os 40 ladrões. O fato é que uma cena ficou gravada em minha memória. Certos personagens, dois homens e uma mulher, os mocinhos do filme, tentavam roubar, melhor dizendo, resgatar um tesouro que lhes pertencia e estava guardado a sete chaves, melhor dizendo a muitas grades.

Pela pesada  porta de ferro era mesmo impossível entrar. Mas havia outra opção: Era uma espécie de janela, mas toda gradeada por grossas barras de ferro que se intercalavam em várias fileiras. Imagine várias fileiras de barras paralelas. Mas a moça do trio, um contorcionista, conseguiu passar por aquelas fileiras esgueirando-se entre elas como uma cobra. Entrou no local e abriu a porta para os dois amigos. Alcançaram assim o tesouro e fizeram a festa.

A imagem daquela moça se contorcendo com sua flexibilidade para chegar ao tesouro veio-me à mente ontem e porque não dizer que nós também temos que ser  contorcionistas e flexíveis  para alcançar nossos tesouros?

Essas barras são as dificuldades e obstáculos que temos em nosso caminho para alcançar desejos profissionais, de relacionamento, intelectuais, sociais...Sim, temos muitas vezes que nos curvar às circunstâncias, flexibilizar para chegar aos tesouros.

Seu tesouro espera por ti, não fique rígido diante das dificuldades, contorne, abaixe, mude a direção, pode ser até que tenha que mergulhar em mares profundos ou atravessar a linha do horizonte, buscar o pote ao final do arco-iris, mas não desista do tesouro que pertence somente a você!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Uma partida desta vida

Por volta das 5 da manhã do dia 7 de novembro toca o telefone. Era a sogra de minha irmã. Logo pensei que fosse algo com minha irmã que está em um tratamento de câncer. Mas a voz do outro lado dizia. Sônia, meu pai faleceu, o enterro será às 4 da tarde.

Eu só o havia encontrado em algumas festas na casa de minha irmã. E em uma dessas ocasiões sentei-me perto dele e ouvi sua história de vida. Aos 92 anos de vida, lúcido e com saúde, perguntei-lhe como chegar a esta idade assim. E a  frase que ele respondeu tentarei seguir pelo resto de minha vida:

"Caminhe e não se meta na vida de ninguém!"

Este foi o conselho do sábio que foi para sua última morada na terra.

Porque os homens fogem mais das prisões do que as mulheres

Hoje meu interesse é sobre mulheres na prisão e suas fugas. Pois é, estava refletindo sobre esta questão e percebi que quase todas as notícias de fuga das cadeias é sempre sobre homens que se rebelam, cavam túneis para fora da cadeia e escapam. 


Será que isto pode ser explicado pela antropologia? Vejamos. Desde os primórdios da civilização, em quase todas as civilizações eram os homens que saíam para caçar, lutar, conquistar novas terras. As mulheres ficavam em casa cuidando e protegendo a prole. 


Talvez por isso seja mais difícil para os homens ficar em espaço confinados pois sempre foram para 'fora de casa'. 


Já as mulheres cuturalmente são mais propícias a aceitar a clausura e ser mais subservientes, conformadas com a situação. 


De qualquer forma, a repressão da liberdade não é boa para ninguém, mas acredito que as mulheres preferem ficar mais quietas esperando ser soltas do que se arriscar por um mundo mais difícil de uma fugitiva.


É grande o número de condenadas.  Há 10 anos, 3% de toda a população carcerária brasileira era composta por mulheres. Hoje, são quase 7% dos 360 mil presos em todo o país. Este grupo tem certas características. Entre os homens, o principal motivo das prisões segue sendo o roubo (65% dos casos), segundo o último censo penitenciário, feito há dois anos. É seguido do tráfico, com 18%.