Ontem tive o prazer de assistir a uma ótima aula sobre assuntos pertinentes ao nosso país ministrada pela professora Maria Leonor da Silva Teixeira. Leonor mostrou vasto conhecimento do assunto e uma verdadeira preocupação em mostrar para os alunos a necessidade de se estudar os problemas do Brasil e estratégias para resolvê-los.
Deixou os alunos bem à vontade para que eles interagissem e perguntassem, dizendo que "ninguém pergunta besteira, todas as perguntas são bem vindas."
Leonor lembrou a todos que não se constrói uma nação sem os valores do ser humano, e cada nação tem seus objetivos que nascem da história cultural. "Nossa Carta Magna é a Constituição, onde estão os desejos do povo", frisou.
Quanto aos políticos, Leonor salientou que eles são eleitos para traduzir os anseios de sua comunidade e cabe-nos cobrar esse voto. "Isso é ser cidadão!", enfatizou.
O país, segundo Leonor, teve um descrecimento de 2011 para 2012, 2.2, menor crescimento de toda história. "É importante lembrar que quando o desenvolvimento não traz benefícios para o povo, gera problemas gravíssimos como os de segurança"
Outro ponto polêmico também levantado em sala de aula, foi quanto às cotas, para Leonor quando se cria cotas está criando racismo, a cota cria uma diferença que não pode ter. "Cabe ao estado proporcionar a todos iguais condições. A escola pública tem que ter qualidade igual à particular. No momento em que o Estado falha no cumprimento do seu dever que é dar qualidade para todos ele começa a criar subterfúgios para compensar" Para Leonor ninguém nasce burro, as chances que se dá às crianças é que as diferencia e a base dos problemas do país está na educação. A educação cria reflexos em outras áreas do desenvolvimento.
A paz social, acredita Leonor, existe quando há justiça social. E os problemas do país têm que ser discutidos na sala de aula, os adolescentes precisam ser estimulados a pensarem nossos problemas porque eles serão os futuros deputados, têm que ter bem claros os direitos e deveres do indivíduo.
Leonor defende a necessidade de preservar as nossas instituições, porque segundo ela, quando se quer destruir um país, destrói-se suas instituições. Quando as instituições são fortes há equilíbrio entre o homem, terra e instituição. "Há muito tempo viemos desvalorizando as instituições, e os grupos conseguem com isso manuseá-las" Ela lembrou o enfraquecimento de nossa justiça, onde temos leis maravilhosas mas que não se cumprem.
A professora explicou que os recursos intelectuais que temos, o povo brasileiro, é uma das formas de nosso poder e por isso o povo deve ser educado para que se consiga gerir os recursos que a nação tem e transformá-los em desenvolvimento. Leonor salientou a necessidade de cada governo dar continuidade aos objetivos de Estado, como à educação. "Não temos falta de poder, temos má administração do poder!"
Ao final do primeiro bloco, Leonor deixou no ar a questão:
Por que não somos um país desenvolvido se temos tantos recursos? tantas qualificações?
Como dica de livro, a professora indicou Paz e Guerra entre as nações, de Raymond Aron
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